Depressive Model.

Acho que falar de mim mesmo pode ser um tanto quanto “fácil”, basta dizer que sou uma pessoa alegre e feliz da vida, que se acostuma com qualquer problema e não para de sorrir por nada... Mentira! Isso seria a fala de qualquer pessoa que não “viveu” intensamente (digo pessoa que não se ferrou intensamente). Eu tenho depressão, nunca me tratei na vida e ainda sim, estou “vivo” (eu acho). Tenho pensamentos negativos quase sempre e reclamo de quase tudo, provavelmente estou pior que um velho de 70 anos de idade, porém jovem. Acho que pessoa quase tão louca quanto eu, a ponto de ficar uma noite inteira pensando sobre a causa e chegar a uma conclusão sobre a própria depressão, não existe, até por que a causa seria meio estranha (preguiça) e ao mesmo tempo problemática. Enfim... As pessoas me ajudam a superar a cada dia, mas às vezes a crise vem e já sabe (ou nem queiram) o que começo a pensar. Vendo por outro lado, às vezes eu tenho sido um belo exemplo de que podemos sim superar, mesmo não fazendo tratamento psicológico (eu aconselho), digo isso por que tenho preguiça de ir a um médico para tentar me tratar (tenso...). Um dos maiores motivos de eu não ter saído de casa é minha família, que eu amo muito, tanto minha mãe como também minha irmã, se não fosse elas eu já estaria na Itália ou na Alemanha ou até mesmo perdido por aí conhecendo o mundo verdadeiro e não continuando nesse país hipócrita.
Minha vida é essa: Internet, trabalho e casa... Internet, trabalho e casa. O mundo que eu conheço a maioria das coisas eu vi pelo “Google Earth” (eu aconselho pra quem quer ser mochileiro e tem preguiça de sair da cadeira) ou até pelo Google maps (genérico do Earth). Ok... Também conheci algo pela minha profissão, na verdade muita coisa eu aprendi trabalhando como fotógrafo num jornal da região onde moro (Zona Leste de SP), Alto Tietê (não sou caipira, cacete!). Eu li uma matéria em um blog dizendo que entre várias profissões que deixam o psicológico da pessoa “abalado”, o fotojornalismo está (que eu me recorde) em vigésimo quinto no ranking, sendo que o primeiro é a própria psicologia (que paradoxo, não?). Já pensaram um psicólogo indo para um tratamento em outro psicólogo? Eu já pensei se a profissão poderia afetar sobre minha depressão, mas é realmente a preguiça que prevalece. Há algo que me incentiva e que faz crescer o meu ego... O meu PC! Brincadeira... Há um tempo fui chamado por uma olheira para ser modelo em uma agência que abriu uma sede há pouco tempo em Mogi das Cruzes. Estava eu e meu amigo Ives andando e conversando felizes e contentes (ele, por que eu não) quando uma moça me chama:
- Desculpa... – disse ela olhando para mim – Você é modelo?
- Não. – respondi eu ao mesmo tempo pensando – “Eu?”
- Então, eu sou da agência Márcia Figueiredo e percebi que você tem perfil. – disse ela. Eu abri aquele sorriso (no pensamento). – Gostaria de saber se você tem interesse em conhecer e até mesmo participar da seletiva. Blá, blá, blá...
– E por que não? Enfim, fui agenciado. Essa agência é oficialmente de Caraguá, abriram aqui na região e mandaram “caçar” alguns sortudos (meu caso!) e gente bonita (não é o meu caso!) para ingressar e tentar seguir uma carreira. Fiz o book (oh!), estou no curso, (oh!) e tenho minhas dúvidas sobre a agência. Por um lado me fez pensar direito em como viver, como me comunicar e ter experiências de vida diferentes (não, não penso em beijar um homem!). Por outro, é um saco ter que aguentar essa hipocrisia que existe dentro do ramo.
Agora pouco eu estava me perguntando se eu deveria abrir um blog e postar meus textos (irritantes) para que alguém (pelo menos um) nessa vida possa desfrutar ou criticar meu modo de pensar sobre a vivência e seus apesares. Perguntei para alguns colegas e no fim das contas resolvi escrever esse texto como abre do blog, no qual também tenho minhas dúvidas se vão ou não ler essas baboseiras, mas a vida é feita de tentativas (como dizem) então: BORA LÁ!